segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Escritor gaúcho Moacyr Scliar morre aos 73 anos


O imortal do Bom Fim, como  brincava para falar de si mesmo, morreu por volta da 1h de ontem aos 73 anos . O escritor gaúcho Moacyr Scliar estava internado, após sofrer um AVC (acidente vascular cerebral), no  Hospital das Clínicas de Porto Alegre. Ele não resistiu e teve falência múltipla de órgãos.


O escritor nasceu no Bom Fim, bairro que concentra a comunidade judaica de Porto Alegre. Tive o prazer de entrevistá-lo na 2 Bienal do Livro de Bauru, em 2003. Ele tinha acabado de ser eleito para a ABL (Academia Brasileira de Letras), mas fazia questão de dizer com humildade que devia muito a sua origem.


“Nossa família e a comunidade se reunia para contar e ou vir histórias no bairro. Aprendi muito com isso e quando comecei a escrever gostava de ser chamado de o escritorzinho do Bom Fim”, disse na época.

Médico /Mas Moacyr começou sua vida adulta com outra paixão, a medicina. Se formou em 1962 em medicina e especializou-se como médico sanitarista, experiência que ele também ressaltava como muito importante na carreira de escritor.


Seu primeiro livro veio desse trabalho: “Histórias de um Médico em Formação”, em 1962. A partir daí não parou mais:  publicou mais de setenta livros, entre crônicas, contos, ensaios, romances e literatura infanto-juvenil, além de crônicas em jornais.


Scliar ganhou quatro vezes o Prêmio Jabuti – a mais recente, em 2009, com o romance “Manual da paixão solitária”. Também venceu com os romances “Sonhos Tropicais” (1993) e “A Mulher que Escreveu a Bíblia” (2000) e com o conto  “O Olho Enigmático” (1988). 
  
‘Max e os felinos’ virou polêmica em 2002
Em 2002 Moacyr Scliar se envolveu em uma polêmica com o  canadense Yann Martel, cujo famoso romance “A Vida de Pi”, vencedor do prestigioso prêmio Man Booker, foi acusado de ser um plágio da sua novela “Max e os felinos” (1981), que conta  a história de um jovem judeu que sobrevive a um naufrágio e divide um bote  com uma pantera. 

No livro de Martel, um jovem indiano escapa de um naufrágio e divide um bote com um tigre.  

O caso nunca foi provado e Scliar dizia não se importar muito. Preferiu continuar escrevendo vários livros sobre a  imigração judaica no Brasil, religião, o socialismo,  a medicina e a vida da classe média.

Receita vai apertar o cerco contra despesas médicas falsas no IR


A entrega da declaração do IRPF (Imposto de Renda da Pessoa Física) 2011, ano-base 2010, começa amanhã e dessa vez o contribuinte vai precisar ficar mais atento. A Receita Federal anunciou que vai aumentar em muito  a fiscalização sobre os recibos médicos falsos ou com valores errados.


            Esse artifício é usado para receber restituições maiores, ou pagar menos tributo. Segundo o secretário da Receita, Carlos Alberto Freitas Barreto, serão intensificados os procedimentos de malha fina e fiscalização. A grande arma do Fisco para isso será a Dmed (Declaração de Serviços Médicos), que foi implantada em dezembro de 2009 e será usada pela primeira vez pela Receita. A Dmed deve ser apresentada pelas prestadoras de serviços médicos e de saúde e pelas operadoras de plano privado de assistência à saúde até o final de março. Essas informações serão cruzadas com aquelas declaradas pelos contribuintes no IRPF.


            O presidente do CRC-SP (Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo), Domingos Orestes Chiomento, afirma que com isso o número de fraudes deve cair muito. “A Receita verificará quem está usando as despesas médicas como via de sonegação e quem de fato gastou com questões relacionadas à saúde. Se no cruzamento das informações houver desencontro, o contribuinte pode ser pego na malha fina”, afirma.


            A Receita planeja uma campanha nacional nos meios de comunicação para alertar sobre a fiscalização mais dura. O contribuinte pego em erro pagará multa de 75% sobre o valor devido. Mas, segundo o Fisco, as pessoas também poderão fazer depois correções eletronicamente em suas declarações e informar que a empresa de saúde enviou dados errados – os casos serão analisados posteriormente um por um.


Versões /Sobre os tipos de declaração, Domingos Chiomento orienta que na versão completa, só compensa para quem conseguir juntar recibos de despesas que podem ser abatidas e cuja soma seja maior que 20% do rendimento anual, limitado a R$ 13.317,09. “Como exemplo um contribuinte que tem um rendimento bruto de R$ 50 mil, 20% equivale a um abatimento de R$ 10 mil. Supondo-se que ele não tenha despesas superiores a R$ 10 mil compensa a declaração simplificada”, comenta.


            A declaração completa vale a pena somente para quem tem gastos expressivos com educação, despesas médicas ou tem dependentes. Porém, existe um limite de R$ 1.808,28 para cada dependente e R$ 2.830,84 para educação por dependente. Para as despesas médicas não existe limite de gastos. A declaração simplificada vale para os casos em que as despesas não ultrapassem aos 20% de dedução sobre a receita.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Desemprego registra menor taxa para meses de janeiro, diz IBGE

O desemprego no país subiu levemente no mês passado, mas os números continuam numa trajetória histórica de bons resultados. Foi o que mostrou ontem o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).




A taxa de desocupação (6,1%) subiu 0,8 ponto percentual em relação a dezembro (5,3%), mas caiu 1,1 ponto em relação a janeiro do ano passado (7,2%). Apesar da alta, essa foi a menor taxa para os meses de janeiro, desde 2003, início da série histórica da pesquisa.



A população desocupada no mês passado (1,423 milhão) cresceu 13,7% em relação a dezembro e caiu 15,6% em relação a janeiro do ano passado. Já a população ocupada (22,08 milhões) recuou 1,6% em relação ao mês anterior e cresceu 2,2% em relação ao mesmo mês em 2010.



O gerente da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, comentou que os números mostram duas características importantes: o vigor atual da economia e a maior demissão dos temporários. “Isso mostra um mercado mais resistente, virtuoso, e que cresceu em relação ao ano passado”, disse por meio de sua assessoria sobre a taxa de desemprego de 6,1%.



Segundo ele, o Brasil está aproximadamente em 15º lugar no ranking das maiores taxas de desemprego entre as grandes economias. Antes da crise financeira mundial de 2008, o país estava em 2º lugar.



Temporários /Em relação ao aumento da população desocupada no mês passado (1,423 milhão), Cimar argumenta que era um número esperado e sazonal devido aos trabalhadores temporários. “Isso ocorre pela saída dos trabalhadores temporários, que só trabalharam neste período e depois não voltam a procurar emprego porque, por exemplo, voltam a estudar”, disse.



Quanto ao rendimento médio real dos trabalhadores, que ficou em R$ 1.538,30, foi visto aumento de 0,5% no mês e de 5,3% em um ano (veja detalhes por setor acima). Esse resultado do mês passado é o quarto melhor da história da pesquisa.



São Paulo lidera criação de empregos

Em relação à força de trabalho no país, ontem também o Ministério do Trabalho divulgou as estatísticas do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do mês passado.



O estado de São Paulo permaneceu como líder na geração de vagas. O saldo (diferença entre admissões e desligamentos) foi de 54,3 mil postos.



No país como um todo, em janeiro o ministério registrou a criação de 152.091 empregos formais de saldo. Foi o segundo melhor resultado para o mês, ficando abaixo, porém, do total criado no mesmo período do ano passado, quando foram abertos 181.419 postos de trabalho.



Ontem o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, fez a previsão positiva de que o Brasil vai gerar, este ano, cerca de 3 milhões de empregos formais. Mesmo com os problemas esperados para este ano, como o aperto na política monetária, inflação em tendência de alta e juros em alta, Carlos minimizou os efeitos. “Acho que é um esfriamento momentâneo”, disse ontem a jornalistas.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Financiamento imobiliário da poupança tem recorde

Os financiamentos imobiliários realizados com recursos da poupança bateram recorde no ano passado. Foram  R$ 56,2 bilhões, alta de 65% em relação a 2009, segundo dados divulgados ontem pela Abecip (Associação Brasileira de Crédito Imobiliário e Poupança).

As contratações feitas no SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) no ano passado corresponderam a 421,4 mil unidades, um aumento de 39% ante 2009. “O ano de 2010 foi o melhor ano da história para o setor imobiliário”, afirmou ontem o presidente da Abecip, Luiz Antonio França.

No total, somando recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), foram financiadas 1,052 milhão de unidades em 2010 no país, ante 670 mil em 2009, divulgou a Abecip. Ainda na soma das  modalidades, foram  R$ 83,1 bilhões em 2010, alta de 67%.

Futuro /Um estudo da Abecip divulgado ontem também mostrou quais são as perspectivas de financiamento para este ano.  A expectativa da associação é que os financiamentos com recursos da poupança somem R$ 85 bilhões, alta de 51%. Quanto a unidades  financiadas, também com recursos da poupança, a estimativa é de elevação de 28%, para 540 mil.

Contudo, a própria diretoria da Abecip admitiu que após este ano pode haver dificuldade de encontrar recursos para financiamentos, já que os valores financiados cresceram 65% neste ano em relação ao aumento do saldo da poupança de apenas 18% no Brasil.

Uma das opções para complementar os recursos da poupança são os covered bonds (títulos emitidos por instituições financeiras com lastro em créditos imobiliários ou ao setor público). “Eles não trouxeram prejuízos para os investidores na recente crise internacional, permitem aos bancos mobilizar capital rapidamente e têm papel expressivo hoje no cenário mundial”, afirmou Luiz França.

No entanto, os covered bonds ainda não tem previsão de regulamentação no Brasil. Esses títulos já são regulados na Europa, EUA, México e Argentina.

A captação líquida da poupança (depósitos menos retiradas)  acumulou R$ 29,5 bilhões no ano passado, 24% de alta.

Secovi sugere securitização
Outra alternativa para uma futura escassez dos recursos da poupança, sugerido pelo Secovi (sindicato que representa o setor da habitação), é a  securitização, uma espécie de “empacotamento” de títulos que seriam vendidos a investidores para levantar recursos, um sistema parecido com a oferta de títulos públicos feita pelo governo federal.

Meta é chegar a 11% do PIB
Segundo a Abecip, o crédito imobiliário no país fechou 2010 em torno de 4% do PIB . A meta do setor é chegar a 11% do PIB até 2014.

Saldo chega a R$ 299,99 bilhões
O saldo das contas de poupança atingiu o montante inédito de
R$ 299,99 bilhões ano passado, com crescimento mensal de 2,2% e anual de 18% em 2010, disse a Abecip. As razões apontadas são a queda histórica das taxas de desemprego, aliada à recuperação da renda da população

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Mundo corre risco de instabilidade

A renúncia de Hosni Mubarak pode afetar  o mundo  todo do ponto de vista geopolítico. Há muitas dúvidas ainda sobre como será a transição egípcia e se extremistas islâmicos comandarão.
Para o Egito adotar um modelo de democracria islâmica de relativo sucesso, como a Turquia, seriam necessárias muitas reformas políticas e econômicas.
O Egito tem 80 milhões de habitantes, é o maior representante dos sunitas, além de aliado dos
EUA. Uma mudança de postura pode causar instabilidade militar no mundo.
Atualmente, além do Egito, os EUA só tem apoio dos países árabes com Arábia Saudita, Jordânia e os pequenos principados. Há temor também de como a principal força oposicionista egípcia, a Irmandade Muçulmana, vai agir.
Eles já declararam que apoiam colocar o atual acordo de paz com Israel em plebiscito. Há temor do Egito vir a se aliar com o Irã e com o Hamas na Palestina. Possíveis confrontos militares com Israel afetariam todo o mundo.
Nesse cenário, claro que o Brasil também poderia ser afetado negativamente, pois guerras no
Oriente Médio paralisam o globo.
Porém, pode haver um lado positivo. Caso realmente os EUA percam mais um aliado árabe, é possível que os norte-americanos procurem novas alianças no mundo. E o governo Dilma já deu sinais de que deseja uma aproximação maior com os EUA.

entrevista com Heni Ozi Cukier,
professor de Relações Internacionais da ESPM

domingo, 13 de fevereiro de 2011

MPEs do Interior faturam R$ 169,5 bi

As MPES (micro e pequenas empresas) paulistas do Interior tiveram o maior faturamento no estado no ano passado, de 11,4% em relação a 2009. No total foram R$ 169,5 bilhões.


A pesquisa Indicadores Sebrae-SP divulgada ontem mostra que as MPEs paulistas encerraram o ano com receita total de R$ 305,8 bilhões, aumento real, descontada a inflação, de 9,6% ante 2009.

A região metropolitana de São Paulo veio em segundo lugar com R$ 136,3 bilhões. Esses resultados das regiões paulistas são os melhores da série histórica da pesquisa Sebrae-SP/Fundação Seade, iniciada em 1998.

Fatores/O bom desempenho das MPEs do Interior no ano passado pode ser explicado principalmente por dois fatores, segundo o Sebrae-SP.

O desempenho por setor na pesquisa mostra que a área de serviços teve o maior crescimento no ano passado (18,9%). São pequenos negócios como marcenarias, salões de beleza, padarias, entre outros, que tiveram bons resultados.

A consultora do Sebrae-SP, Letícia Aguiar, explica que esses empresários foram impulsionados no Interior pelo aumento da renda da população. “Isso se deveu a maior oferta de emprego e a alta do preço das commodities. Com mais dinheiro no bolso aumenta a demanda por serviços, como o de uma manicure. Milhares desses exemplos impulsionaram o faturamento”, afirma.

Segundo o Ministério do Trabalho, foram criados 2,5 milhões de empregos no ano passado no país, melhor resultado desde o início das pesquisas do ministério em 1992.

Já o mercado de commodities, que são produtos primários como soja, laranja, minérios, café, trigo, petróleo e açúcar, após o arrefecimento da crise financeira mundial vem apresentando seguidas altas de preços no mundo. O Brasil se beneficia disso por ser um dos maiores fornecedores de commodities do mundo.

A pesquisa do Sebrae-SP, que ouviu 1.326.354 milhão de micro e pequenas empresas do estado, afirma que 44% dos empresários esperam a manutenção dos bons resultados do ano passado neste ano e 34% esperam melhorar seu faturamento.
 
 
Commodities devem ter novas altas neste ano
As commodities caminham para novas altas este ano, após dois anos de fortes ganhos que elevaram recentemente o petróleo e os grãos para os maiores valores desde a crise financeira global.


E os analistas, em meio a preços recordes de outras commodities como o cobre, afirmam que o movimento de alta do ano passado ainda não foi concluído.

O setor de commodities em geral subiu 17% em 2010, ampliando o ganho de 23% do ano anterior, de acordo com o índice Reuters-Jefferies CRB.

O algodão, por exemplo, terminou o ano passado, com alta de 92%. O ouro subiu 30%, o melhor desempenho desde 2007, puxado pelo temor quanto à recuperação da economia global e pelo enfraquecimento do dólar no terceiro trimestre.

O milho subiu quase 52%, para cerca de US$ 6,30 dólares, acima dos 47% de ganhos do trigo e 35% da soja. O petróleo subiu 15% sobre 2009, terminando o ano passado em US$ 91 dólares por barril.

“Eu acredito que os fundamentos das commodities vão superar qualquer jogo de câmbio em 2011”, disse Sean McGillivray, vice-presidente da Great Pacific Wealth Management, empresa norte-americana especializada em gerenciamento em investimentos em commodities.

O atual cenário de alta das commodities pode ser explicado pelo aumento na demanda no mundo após a crise e problemas na oferta de alguns produtos, principalmente alimentos. Produtos como soja e milho estão voltando aos patamares de julho de 2008, período em que o mundo viveu a chamada crise dos alimentos.

Por isso, a França está em campanha no G20 – grupo das maiores economias desenvolvidas e emergentes do mundo – para emplacar novas regras para este mercado. Os governos do Brasil e dos EUA são contra. (Com agência Reuters)

IR fica menor para rendimentos de anos passados

O Leão da Receita Federal resolveu ficar mais manso. Ontem a instituição divulgou uma mudança que vai beneficiar parte da população: pessoas com rendimentos acumulados vindos de trabalho, benefícios de previdência, aposentadoria e pensão. São os chamados RRA (rendimentos recebidos acumuladamente), ou seja, receitas de anos anteriores que estão sendo recebidas em 2011.


Os detalhes foram publicados no “Diário Oficial da União” de ontem, na Instrução Normativa RFB nº 1.127.

Segundo a assessoria de imprensa da Receita Federal, agora os RRA serão calculados como se os pagamentos fossem diluídos ao longo de vários meses e não de uma vez só. Os rendimentos mensais de até
R$ 1.499,15 estão isentos.

A partir desse valor, a alíquotas variam de 7,5% a 27,5%.

Indenizações /O supervisor nacional do IR, Joaquim Adir, deu um exemplo prático de como a mudança vai funcionar: as indenizações trabalhistas.

“Imagine que você ficou dois ou três anos sem receber um salário. Se até então você recebia de uma vez, acabava pagando um monte de imposto. Agora, você poderá pagar menos ou até não pagar nada, se estiver na faixa de isenção”, disse por sua assessoria.
 
Norma é retroativa em cinco anos

Segundo a Receita, como essa alteração é vantajosa para o contribuinte, a sua aplicação deve ser retroativa aos últimos cinco anos, desse modo quem foi afetado pode pedir a devolução.



Preenchimento terá campo específico
Na declaração de ajuste anual do IR, entregue de 1º de março a 29 de abril de 2011, o valor deverá ser informado na ficha “rendimentos recebidos acumuladamente”.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Confuse-A-Cat Ltd



I hope to God it works. Anyway, we shall know any minute now.